sábado, 26 de abril de 2014

Eu sou 12 por 8!

Hoje dia 26 de Abril é o "Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial", a campanha "Eu sou 12 por 8" foi desenvolvida pelo Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia, para ajudar pacientes diagnosticados com a doença que é conhecida popularmente como 'Pressão alta', e é uma das principais causas de invalidez e morte no mundo.

A Hipertensão Arterial é uma doença que é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, que consequentemente aumenta a resistência dos nossos vasos sanguíneos ao fluxo de sangue. A 'pressão alta' é considerada uma doença crônica (que não tem cura na maioria dos casos), mas que tem controle. Isto é, usando corretamente os medicamentos prescritos pelo médico, realizando uma dieta equilibrada, praticando atividades físicas, adquirindo assim uma vida mais saudável. Na maioria dos casos a Hipertensão não apresenta sintomas, o que torna mais difícil seu diagnóstico e tratamento. Embora eles não sejam tão evidentes, ainda assim eles existem, como dor de cabeça, tontura, dor localizada atrás da 'nuca', palpitações, sudorese (suor excessivo) e palidez são sintomas que devem ser valorizados, que podem aparecer como causa secundária da 'pressão alta'.
A causa da Hipertensão pode ser por hereditariedade, obesidade, estresse, excesso de sal e má alimentação. 


O que é a Hipertensão Arterial propriamente dita?

É quando nossa pressão esta acima do nível normal, que são máxima de 120  e  a mínima de 80 milímetros de mercúrio, ou simplesmente 12 por 8. Valores abaixo de 14 por 9 podem ser considerados normais em alguns critérios médicos.

Níveis de Pressão Arterial

Quando um indivíduo está com os níveis de pressão alterado o músculo cardíaco (músculo do coração) precisará de mais energia, para realizar sua função de bomba propulsora que leva sangue ao nosso organismo. Essa necessidade aumentada de energia precisa ser compensada pelas artérias que irrigam o coração - chamadas de artérias coronarianas. Nem sempre o fluxo de sangue que sai ou entra das artérias coronarianas é capaz de suprir satisfatoriamente um músculo cardíaco hipertrofiado, conforme mostra na figura abaixo:


Diferença entre um coração normal e um coração de um paciente com Hipertensão Arterial que apresenta hipertrofia do músculo cardíaco.


A Hipertensão Arterial aumenta o risco de ocorrer uma obstrução dessas artérias, podendo levar a uma isquemia ou ruptura dos vasos sanguíneos, que leva o músculo cardíaco ao sofrimento, promovendo desorganização dos batimentos cardíacos conhecido como Arritmia Cardíaca, ou ocasionando ainda um Infarto Agudo do Miocárdio ou Acidente Vascular Encefálico - AVE ( popularmente chamado de derrame).

Quais medidas tomar para se prevenir ou diminuir os riscos?


- Diminuir o máximo da quantidade de sal nas comidas ou utilizar os níveis adequados que são entre 
1,8 e 2,3 gramas por dia.
- Controlar o peso, ele deve ser adequado para sua altura.
- Não fume, se você fuma abandone o cigarro.- Não ingerir bebidas alcoólicas ou ingerir em pequenas quantidades. 
- Tenha uma vida saudável. Não espere uma doença se instalar para começar a ter hábitos de vida corretos!



Porque o sal é um vilão para os hipertensos?

O sal retém líquidos, mantendo assim nossos níveis de pressão arterial alterados. As coisas se complicam quando esse sal vem em grandes quantidades, sendo maior que a quantidade indicada por especialista (1,8 à 2,3 gramas por dia), dessa maneira há um excesso de água no nosso organismo e consequentemente o aumento da pressão arterial. A melhor maneira para evitar todos esses danos, é ter em mente os principais alimentos ricos em sal e evita-los: temperos industrializados, ketchup, shoyu, molhos prontos, embutidos (salsicha, mortadela, queijos, linguiça, presunto, salame...), conservas (azeitonas, palmito, picles...) e carne seca.

O que fazer quando a pressão estiver alta?


A respiração lenta ajuda a abaixar a pressão através de várias formas, ela melhora a atuação de mecanismos reflexos, que ajudam a controlar a contração e o relaxamento do coração, estimula a produção de substâncias que ajudam os vasos a se dilatarem, melhorando a oxigenação do sangue.
Para realizar a respiração lenta você deverá: fechar seus olhos, colocar as mãos posicionadas sobre o abdômen e se acalmar. Inspire o ar lentamente pelo nariz e expire também lentamente soltando o ar pela boca. A sua mão deverá acompanhar o ritmo respiratório, subindo durante a inspiração e descendo durante a expiração, conforme mostra a figura abaixo:

Respiração lenta



Qual o melhor horário para se tomar o medicamento para Hipertensão Arterial?

É muito importante que o paciente tome os seus remédios rigorosamente todos os dias! A falta de uso ou esquecimento é uma das principais causas de falha no tratamento.
Cada medicamento é prescrito pelo médico em quantidade e dosagem conforme a necessidade de cada pessoa, que deve ser adequada com a sua rotina, a fim de que ele se adapte mais facilmente e assim consiga tomar os remédios na hora correta. Medicamentos diuréticos devem ser tomados de manhã e sempre acompanhados com água (e não outra bebida, como sucos, leite ou refrigerantes). Medicamentos tomado antes da alimentação tem uma absorção maior. Não se deve suspender ou deixar de tomar o remédio por conta própria se a pessoa for ingerir bebida alcoólica naquele dia.


Qual a maneira correta de verificar a Pressão arterial?

A aferição correta da pressão deverá ser realizada após 5 minutos de repouso, o paciente poderá estar sentado, deitado ou em pé. Quando sentado devemos ficar atentos a algumas coisas: as pernas não podem estar cruzadas ou balançando. Os pés devem estar firmemente apoiados no chão e as costas apoiadas na cadeira de maneira confortável. A bexiga deve estar vazia, por isso é importante perguntar se o paciente não quer ir ao banheiro (lembra que a retenção de líquido faz nossa pressão aumentar?).


26 de Abril Dia Nacional da Prevenção e Combate a Hipertensão Arterial



Fonte:
http://www.eusou12por8.com.br




sexta-feira, 4 de abril de 2014

Autismo

Boa noite Pessoal!!
Essa semana no dia 2 de Abril foi o "Dia Mundial da Conscientização do Autismo", vamos conhecer um pouco mais sobre o assunto?
Boa leitura :)



O médico Leo Kanner em 1943,  foi o primeiro a descrever o autismo como uma síndrome que apresentavam prejuízos nas áreas de comunicação, comportamento e da interação social, caracterizando assim um distúrbio único e não pertencente ao grupo das crianças com deficiência mental. O nome autismo foi proposto para chamar atenção, devido ao grave dano de socialização, que era uma das principais características desses pacientes. 
O autismo pode ser classificado de acordo com seu grau de comprometimento e da intensidade, que difere desde os quadros mais leves em que não há comprometimento da inteligência e da linguagem denominado como Síndrome de Asperger. Até formas mais graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato pessoal, mostrando um comportamento agressivo e deficiência mental. As causas do autismo podem ser várias, mas as mais comuns são por fatores genéticos e biológicos.

Quais são os sintomas?

Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas  dificilmente são identificados de maneira precoce. A falta de interesse geral, comportamentos repetitivos, dificuldade de se comunicar e conduta anti-social, são sintomas que aparecem antes dos 3 anos de idade e atinge 0,6% da população, sendo quatro vezes mais comuns em meninos do que em meninas.



Diagnóstico:
Leva-se em conta o grau de comprometimento e o histórico do paciente e também pelos critérios estabelecidos pelo DSM - IV (Manual de diagnóstico e estatística da Sociedade Norte-Americana de Psquiatria). Ainda não existe um exame específico para o diagnóstico do Autismo, mas exames como Teste do Pézinho, Sorologias para Sífilis, Rubéola, Toxoplasmose, Teste Neuropsicológicos são realizados para certificação.


Tratamento:
O Autismo é considerado um distúrbio crônico e por esse fato devem ser introduzidos no esquema de tratamento de uma Equipe Multidisciplinar (que envolva todos os profissionais de saúde), logo após a confirmação do diagnóstico. A base do tratamento terapêutico também envolve o contexto familiar, afim de todos realizem a melhor conduta para o máximo de qualidade de vida e independência do paciente. O tratamento medicamentoso auxilia muito na melhora e controle dos sintomas, mas também não existem medicamentos específicos. Vale lembrar que o sucesso do tratamento e um bom prognóstico depende tanto da dedicação do paciente, sua família, cuidador e dos profissionais envolvidos.


Fisioterapia no Autismo:
A fisioterapia pode atuar em diversas fases da criança, adolescente ou adulto com Autismo. A estimulação precoce na infância ajuda nas habilidades motoras e fazem total diferença, uma vez que isso impede que ele também desenvolva um quadro de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Em crianças em fase pré-escolar estimular as competências e atenção, coordenação motora fina e grossa,  desenvolvimento físico para que ele possa interagir na medida do possível com os colegas. Dentro do ambiente escolar o Fisioterapeuta pode e deve estimular atividades em grupo fazendo tudo de maneira lúdica, chamando atenção das crianças, essas atividades pode incluir os professores, funcionários e os pais, afim de promover a socialização. Montar circuitos com vários obstáculos, faz com que o paciente com autismo fique curioso e assim tente conseguir realizá-lo. Atividades que prendam a atenção e estimulem o seu raciocínio como: quebra-cabeça, lego, jogo da memória também são ótimos e trazem benefícios significativos. 




Outro tipo de terapia que vem ganhando seu espaço para tratamentos com crianças é a PET terapia, uma terapia que utiliza animais para criar um vínculo especial com o paciente, uma vez que assim ele irá ficar mais aberto e disposto a colaborar com o tratamento proposto. 

PET Terapia ou Terapia Assistida por Animais.

Dicas:
* Nunca deixe de acreditar no potencial do indivíduo com Autismo.
* Autistas tem dificuldade de lidar com mudanças por menores que sejam, por isso é importante manter seu mundo organizado e respeitar seus limites.
* É fundamental descobrir uma técnica que permita o diálogo e convivência social com o Austista.





FONTES:
www.autismo.com.br
www.ama.org.br
SCHWARTZMAN, T. S. Austimo e outros transtornos do espectro autista. Revista  Autismo. Setembro, 2010. www.revistaautismo.com.br
American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatística de transtornos mentais - DSM -IV TR. Tradução de Claudia Dornelles. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.