Nesse dia 04 de Setembro foi comemorado o Dia Mundial da Paralisia Cerebral, e o post dessa semana foi feito para esclarecer algumas dúvidas e explicar como a fisioterapia pode atuar para melhorar a vida desses pacientes.
O que é a Paralisia Cerebral?
O termo Paralisia Cerebral (PC), descreve uma série de implicações e danos que acontecem no Sistema Nervoso Central (SNC). A criança com PC geralmente não possui o controle dos músculos do corpo, o que trás dificuldades motoras e incoordenação, consequentemente afetando o desenvolvimento. Essas dificuldades variam desde graus mais leves com perturbações quase que imperceptíveis, até as mais graves como incapacidade para andar, falar e com dependência total dos familiares. Suas causas são quase que sempre decorrentes da falta de oxigenação cerebral e podem acontecer durante a gravidez, no momento do parto ou durante seu desenvolvimento.
Crianças com PC apresentam déficits sensório-motores, influenciando no comportamento emocional e social, resultando em um desenvolvimento global com atrasos, que muitas vezes são confundidas com a capacidade cognitiva e potencialidade para uma vida independente e autônoma no futuro em fase adulta. Por isso torna-se extremamente importante o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar desde o nascimento, ajudando-o e estimulando-o para desenvolver o máximo de suas capacidades , afim de adaptá-los e integra-los a sociedade da melhor forma possível.
Quais são as causas?
A etiologia da PC é multifatorial (várias causas). Qualquer agressão ao SNC que ocorra em idade precoce pode levar a uma lesão irreversível e não pregressiva. Elas se dividem em vários fatores e em 3 grupos:
1) Pré-natais (durante a gravidez): Mal formação do SNC, infecções, anemias graves, distúrbios metabólicos graves (ex: Diabetes) e Hipertensão Arterial Sistêmica.
A etiologia da PC é multifatorial (várias causas). Qualquer agressão ao SNC que ocorra em idade precoce pode levar a uma lesão irreversível e não pregressiva. Elas se dividem em vários fatores e em 3 grupos:
1) Pré-natais (durante a gravidez): Mal formação do SNC, infecções, anemias graves, distúrbios metabólicos graves (ex: Diabetes) e Hipertensão Arterial Sistêmica.
2) Perinatais (durante e logo após o parto): Traumatismo no parto, sofrimento fetal, distúrbios circulatórios cerebrais, nascimento prematuro, recém nascido de baixo peso.
3) Pós-natais: asfixia, traumatismo cranianos e infecções de sistema nervoso (ex: Meningite).
Como se classifica:
A lesão ocorre no córtex cerebral e dependendo da localização exata e extensão é que se classifica a PC, nomeando em vários tipos:
Espástica: Atinge apenas um lado do corpo (hemiparesia), membros inferiores (diplegia) ou os quatro membros (quadriplegia). Frequentemente a criança também apresenta dificuldades de fonação e deglutição, contraturas articulares e atrofias.
Atetóide: Presença de movimentos anormais de distribuição difusa, nem sempre simétricos que tendem a se exacerbar a movimentação voluntária e aos estímulos sensoriais ou emocionais.
Atáxia: Caracteriza-se pela incoordenação dos movimentos, distúrbios do equilíbrio que dificultam a movimentação voluntária e a marcha, diminuindo o tônus muscular.
Hipotônica: Um tipo raro de PC em que a criança apresenta baixo tônus muscular, com características de hipoatividade, falta de controle postural e dificuldade de vencer a gravidade.
Principais problemas associados à PC:
Convulsões, distúrbios da fala e audição, deficiências visuais, dificuldade de aprendizagem, problemas odontológicos, salivação excessiva e escoliose.
Diagnóstico:
É baseado na anamnese e exame físico minucioso. Quanto aos exames complementares usa-se o Eletroencefalograma (EEG) e Tomografia computadorizada (TC) para determinar a extensão e localização das lesões e mal formações congênitas que podem estar associadas.
É baseado na anamnese e exame físico minucioso. Quanto aos exames complementares usa-se o Eletroencefalograma (EEG) e Tomografia computadorizada (TC) para determinar a extensão e localização das lesões e mal formações congênitas que podem estar associadas.
Tratamento Fisioterapêutico na Paralisia Cerebral:
Estimular o desenvolvimento neuropsicomotor normal e treino das atividades vida diária, os objetivos podem ser estipulados a curto e a longo prazo, direcionando sempre para qualidade de vida, fornecendo orientações para cuidadores e familiares. É importante ressaltar que cada criança tem suas necessidades individuais, que mudam de acordo com a idade.
* Conceito Neuroevolutivo Bobath: usa de pontos chaves para movimentar partes do corpo para conseguir melhor alinhamento biomecânico. |
* Treino de marcha. |
* Intervenção precoce, Estimulação Neuropsicomotor e Estimulação de Sensibilidade. |
* Adaptações para facilitação das Atividades de vida diária (AVD's). |
* Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva: Exercício de Kabat, que inibem a hipertonia. |
Fonte:
Pereira, C. L. G. et al.; Paralisia Cerebral. São Paulo, 2013.
Brianeze, C. et al.; Efeito de um programa de fisioterapia funcional em crianças com paralisia cerebral associado a orientações aos cuidadores: estudo preliminar. Revista Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, 2009.
www.nacpc.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário