domingo, 8 de março de 2015

Doenças Reumáticas: Osteoporose

A Osteoporose é a principal doença óssea e hoje em dia é considerado um dos mais importantes problemas de Saúde Pública. A Organização Mundial de Saúde define a Osteoporose como: "Doença Esquelética Sistêmica, caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração da arquitetura do tecido ósseo, aumentando a fragilidade e deixando o portador mais suscetível a fraturas". A ingestão adequada de cálcio e exercícios físicos são essenciais para construção de ossos fortes.




A osteoporose acomete mulheres, homens e crianças, mas é erroneamente associadas a mulheres. A densidade óssea atinge seu pico aproximadamente aos 25 anos idade, e começa a declinar após os 40. Na faixa etária dos 40 aos 80 anos, o risco de um indivíduo ter a doença dobra a cada 10 anos. Os ossos normais são compostos de proteínas, cálcio e colágeno, e é de grande importância ter ossos fortes desde a infância, de maneira que continuem permanecendo fortes com o passar dos anos. A osteoporose pode estar presente sem apresentar sintomas durante anos.
Os principais determinantes para o pico de massa óssea são:
- Hereditariedade, genes que alteram os receptores da vitamina D, receptores de estrógeno e que regulam o ciclo de remodelação óssea.
- Nutricionais, ingestão de cálcio.
- Exercícios físicos contra resistência
- Endócrinos, devido os hormônios.


Diferença do osso normal e do osso com Osteoporose

Existem dois tipos de Osteoporose:

Primária - ocorre na pós menopausa, entre os 50 e 60 anos de idade, onde temos um aumento da formação e reabsorção óssea, decorrente da redução do estrógeno. Consequentemente  acelerando a perda de massa óssea.
Secundária - acomete mulheres após os 70 anos de idade, onde se tem a redução da formação e reabsorção óssea, logo a perda óssea é lenta. Ou por decorrência de alguma doença, ingestão medicamentosa ou hábitos de vida.


Quais os sintomas?

A instalação da doença é silenciosa. Mas o primeiro sinal pode aparecer quando estiver numa fase já avançada e costuma ser a fratura espontânea de um osso que ficou fraco e poroso, chegando ao ponto de não resistir a pequenos e grandes traumas, ou até mesmo a pequenos esforços. As fraturas mais comuns são: fraturas de vértebras por compressão, fratura de colo do fêmur, punho (osso rádio) e costelas.


Sintomas da Osteoporose em fraturas por estresse:

Acontece uma fratura durante a realização de uma atividade normal, que é chamada de fratura por trauma mínimo ou fratura por estresse. Exemplo, algumas pessoas com osteoporose podem ter fraturas nos ossos dos pés ao realizar uma caminha simples ou pisar em falso.



Sintomas da Osteoporose em fraturas em fratura de quadril:

Está diretamente ligado a quedas. Em pessoas com Osteoporose, fraturas de quadril pode acontecer por acidentes inesperados. Geralmente o tratamento e recuperação são mais difíceis, uma vez que a cicatrização após correção cirúrgica fica mais complicada devido a baixa qualidade óssea.



Quais são as consequências da Osteoporose?

Fraturas ósseas ocasionadas pela osteoporose são responsáveis por grande intensidade de dor, diminuição da qualidade de vida, comprometimento na vida profissional e social. Maior risco de novas quedas e outras fraturas. 


O que é Densidade óssea?

É a quantidade de osso presente no esqueleto, geralmente quanto maior a densidade mais forte é osso. A Densidade óssea pode ser influenciada por fatores genéticos, fatores ambientais e por medicamentos. Homens tem maior densidade óssea do que as mulheres. Pessoas negras tem maior densidade óssea do que brancas.


Fatores de risco da Osteoporose:

- Sexo feminino, raça branca ou asiática, história familiar, tabagismo, consumo excessivo de álcool, sedentarismo, dieta pobre em cálcio, desnutrição, baixo nível de estrôgenio e menopausa, quimioterapia, inflamação crônica, imobilidade, hipertireoidismo, deficiência de vitamina D, uso excessivo ou por tempo prolongado de alguns medicamentos, como: anticoagulantes, corticóides e anticonvulsionantes. Quando relacionados a fraturas o risco é ainda maior, como: mortalidade, dependência, cuidados de longo prazo, dor, cirurgias, perda de produtividade, incapacidade, diminuição da qualidade de vida, medo e depressão.


Como é feito o diagnóstico?

A radiografia é capaz de mostrar o osso bem mais fino e mais leve do que os ossos normais. Porém, infelizmente quando já se pode ver essa característica através do raio-x cerca de 30% do osso já se perdeu. Por isso, o método mais utilizado e indicado para se diagnosticar é a densitometria óssea, que é simples, rápido e indolor. Através da história clínica e exame físico. No exame físico encontramos a redução da altura da pessoa, acentuação da cifose da coluna torácica, retificação da lordose, alteração na cavidade abdominal, perda da mobilidade e dor associada a deformidade.

Alterações observadas no Exame físico


Como prevenir?

O objetivo principal é prevenir as fraturas ósseas, interrompendo a perda óssea, aumento da densidade óssea e resistência. Deve ser iniciada desde a infância, com ingestão de cálcio e Vitamina D, evitar subnutrição ou desnutrição, evitar o fumo e álcool. Realizar atividade física com frequência trás muitos benefícios a saúde, e na osteoporose a atividade física ajuda pois com exercício os músculos se fortalecem e o equilíbrio é claramente melhorado.




Como é realizado o tratamento?

É de grande importância saber qual foi o motivo que levou a doença, para correção e impedimento de piora do quadro. Tratamento medicamentoso de acordo com a necessidade de cada paciente, como a ingestão de hormônios sexuais, os modeladores de receptores de estrogênio e calcitonina de salmão. A administração diária de hormônios para tireóide em casos de hipo ou hipertireoidismo.



Atuação da Fisioterapia em pacientes com Osteoporose

Os principais objetivos do tratamento fisioterapêutico são: diminuir o risco de fraturas, diminuir o quadro de dor quando existir, aumentar a amplitude de movimento, fortalecimento muscular, manutenção da função e treino de equilíbrio. Sendo assim a fisioterapia é de fundamental importância, uma vez que trata todas as necessidades dos pacientes que apresentam osteoporose, minimizando os efeitos degenerativos da doença, melhorando a qualidade de vida geral do paciente.

Fisioterapia Motora e Adaptações


O Pilates é um dos principais exercícios indicados para pacientes com Osteoporose, pois além de alongar e fortalecer os músculos, não promove impactos nas articulações!


Fica a dica!!

- A Osteoporose não é uma doença que afeta somente mulheres, por isso Homens, se cuidem!
- A dieta diária deve ser rica componentes com cálcio como no: Leite, iorgurtes, queijos e manteiga.
- Caminhar, andar de bicicleta, nadar, correr e exercícios com pesos são importantes para manter o fortalecimento muscular e prevenir a osteoporose.





Fontes:
*SATO, E. Reumatologia. UNIFESP – EPM. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2009.
*CARVALHO, M. A. P. Reumatologia: diagnóstico e tratamento. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
*WIBELINGER, L. M. Fisioterapia em Reumatologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2009.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Doenças Reumáticas: Artrite Rematóide

A doença Reumática de destaque essa semana é a Artrite Reumatóide, que afeta 1% da população mundial.
É considerada uma doença inflamatória crônica, autoimune de causa desconhecida, que pode levar deformidades e até destruição das articulações por erosão do ossos e da cartilagens. A patologia apresenta períodos agudos e crônicos, com variação de remissão e exacerbação. Apesar de todo avanço nos estudos e na medicina ainda não se comprovou uma cura para a Artrite Reumatóide, e devido a progressão da doença o paciente passa a ter dificuldades em realizar suas atividades de vida diária (AVD's), com impactos na área profissional e pessoal. Ao paciente resta ter uma vida cheia de cuidados para melhorar sua qualidade de vida e independência. 
  



A Artrite Reumatóide é mais comuns em mulheres, podendo acontecer em qualquer idade, com pico maior entre os 30 e 55 anos. Sua causa é desconhecida, porém estudos sugerem que esteja ligado a uma possível alteração do sistema imunológico. Acomete  principalmente pequenas articulações como mãos e pés, entretanto grandes articulações também estão dispostas a doença, com sintomas como:

  • Rigidez matinal com duração maior de 30 minutos, que vai melhorando com o passar do dia e a movimentação
  • Fadiga e perda de peso
  • Dor e limitação dos movimentos (as articulações também podem ficar quentes)
  • Edema e hipotrofismo
  • Além de apresentar nódulos subcutâneos, que podem ou não apresentar dor na palpação



Quais são as articulações mais acometidas?
Mãos e dedos, punhos, cotovelos, ombros, quadris, joelhos, tornozelos e pés.


Diferença entre ossos normais x ossos artríticos


Como classificar?
- Grau 1: não há alterações radiográficas, somente sinovite.
- Grau 2: há perda de espaço articular, sem alterações da arquitetura óssea.
- Grau 3: há grave perda de espaço articular e da arquitetura óssea, mas sem instabilidade
- Grau 4: há grave perda de espaço articular e da arquitetura óssea, com instabilidade da articulação.


Como diagnosticar?
As característica clínicas e radiológicas variam grandemente de paciente para paciente e dependendo do estágio em que cada um se encontra, apesar de todos os sintomas claros. A sinovite precoce produz inchaço e sensibilidade dolorosa das articulações afetadas, e caracteristicamente uma artrite simétrica afeta tanto do lado direito como do lado esquerdo. Inicialmente a radiografia só apresentará o inchaço dos tecidos moles e osteoporose periarticular. E somente em estágios mais avançados é que se apresentam as erosões. Se necessário ainda podem ser requeridos exames complementares. O diagnóstico ainda depende de uma série de sintomas, sinais e achados clínicos, precisando ter de 1 a  4 de todos os sintomas relatados anteriormente e apresentar queixa dos mesmos por um período igual ou superior de 6 semanas. Sendo assim, o diagnóstico precoce é fundamental, para que se possa dar início ao tratamento para controle e prevenção de complicações da doença.

Radiografia de um paciente com Artrite Reumatóide

Qual tratamento da Atrite Reumatóide?
A base do tratamento é o suporte medicamentoso, porém pacientes com Artrite Reumatóide precisam de uma equipe multidisciplinar para reabilitar (Fisioterapeuta), adaptações ergonômicas ou funcionais (Terapeuta Ocupacional) e correções cirúrgicas de deformidades (Médicos Ortopedistas).
No entanto a parte principal do tratamento é controlar a inflamação crônica. Para isso existem medicamentos de grande valor para auxílio do paciente, como os chamados "medicamentos sintomáticos" que são aqueles que tiram rapidamente os sintomas causados pela doença, sem no entanto controlar sua progressão. Ainda na classe dos medicamentos os Analgésicos, os Antiinflamatórios hormonais e não hormonais e a Cortisona, todos esses são receitados pelo médico e apresentam efeitos colaterais, por isso só tome com orientação!

Reabilitação

Tratamento Fisioterapêutico e Multidisciplinar:
As condutas propostas por diferentes profissionais de saúde são de extrema importância para o paciente, com medidas gerais de descanso adequado, indicados pelo Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional. Todo paciente com Artrite Reumatóide deve ser orientado a alternar períodos de descanso (com a finalidade de reduzir a inflamação causado pelo estresse mecânico) e períodos de atividade conjunta (para manter a mobilidade articular e força muscular).
Os principais objetivos da Fisioterapia nesse caso é:
  • Promover analgesia, tentando maximizar a qualidade de vida destes pacientes
  • Prevenir a perda de função da articulação afetada
  • Aumentar a amplitude de movimento da articulação ou chegar próximo da normal, bem como fortalecer os músculos de maneira global.
  • Diminuir o edema e complicações

Analgesia associado ao fortalecimento muscular - Fisioterapia



Fontes:
*SATO, E. Reumatologia. UNIFESP – EPM. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2009.
*CARVALHO, M. A. P. Reumatologia: diagnóstico e tratamento. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
*WIBELINGER, L. M. Fisioterapia em Reumatologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2009.


domingo, 1 de fevereiro de 2015

Doenças Reumáticas - Gota

Esse mês de Fevereiro o Blog vai explicar mais sobre as doenças reumáticas, ou popularmente chamadas de Reumatismo, que é toda e qualquer doença que afeta o nosso sistema músculo esquelético. Quando se fala desse tipo de doença, a referência encontrada está relacionada a idosos. Mas as doenças reumáticas não são exclusivas de uma determinada faixa etária, sendo assim, elas podem acometer crianças, jovens, adultos e idosos. Os tipos mais comuns de Reumatismo no Brasil são: Gota, Artrite, Osteoporose e as dores na coluna, afetando mais de 15 milhões de brasileiros. Apesar de apresentarem sintomas parecidos, mais comum como dores nas articulações, cada tipo de doença apresenta características próprias, que provocam dores incapacitantes, mas não fatais.




Gota

A gota é um distúrbio metabólico que têm influência genética, manifestada por elevados níveis de Ácido úrico no sangue, recorrentes a formação de agregados de cristais em nosso corpo. Considerada uma doença crônica, caracterizada por períodos agudos de inflamação articular, com limitação dos movimentos e não deixando sequelas nos primeiros anos de evolução da doença. Ela se desenvolve como nódulos subcutâneos, chamados de Tofos. Sua causa é desconhecida, mas estudos comprovam que fatores nutricionais estão intimamente ligados ao seu desenvolvendo. 


O sintoma mais comum é dor nas articulações, fique atento!

A doença pode ocorrer por dois diferentes mecanismos:
- O aumento da produção de Ácido Úrico, sem causa aparente, através de um defeito enzimático, estresse, trauma na articulação, cirurgia ou infecção.
- Na eliminação de Ácido úrico pelos rins, onde 85% apresentam algum defeito na eliminação do mesmo do organismo.
E elas ainda podem ser nomeadas em:
- Gota primária: decorrente de uma superprodução de Ácido úrico.
- Gota secundária: aparece por decorrência de outra doença.

Gota Aguda

Afeta principalmente as extremidades inferiores, sendo muito comum na articulação metatarsofalangiana (dedos dos pés). O ataque pode ser precipitado por um trauma e  excesso de álcool. Apresenta dor inflamatória intensa, comum ao apoiar o pé e levantar-se pela manhã. Essa dor não diminui com repouso e que não será exacerbada com o mínimo de contato, também aparece um edema local e a pele terá um aspecto típico vermelho-brilhante, pode ou não, ser acompanhada de febre. A primeira crise pode aparecer e durar alguns dias e também pode sumir do nada sem deixar sequelas.

Sinal clínico típico: Aspecto vermelho-brilhante



Gota Crônica

Nesta fase da doença, os níveis de urato podem aumentar até 50 vezes acima do normal. Dessa maneira esse urato se acumula no tecido cutâneo, criando tofos subcutâneos, apresentando prejuízos apenas estéticos e diminuição da amplitude de movimento. São geralmente assintomáticos, a menos que produzam desconfortos por causa de seu tamanho. Os locais onde são mais acometidos são os pés, orelhas, cotovelos e no tendão de Aquiles. Quando aparecem nas mãos, sua presença pode dar um aspecto que pode ser confundida com artrite reumatóide.

Presença de Tofo em Cotovelo

Incidência:

Mais comum em homens dos 35 aos 50 anos de idade. E mulheres após os 60 anos.


Diagnóstico:


O diagnóstico deve ser feito com muita cautela, uma vez que o tratamento da mesma pode durar a vida toda. A única maneira de se ter um diagnóstico preciso, é observando a presença de cristais de urato de sódio. Podem ser a partir de articulações inflamadas ou nódulos subcutâneos (Tofos). Bem como realização de exames radiológicos e laboratoriais.








Tratamento medicamentoso:

Uso oral de Antiinflamatórios não hormonais, corticoesteróides e inibidores da síntese de Ácido Úrico.

Como prevenir?

- Evitar o aumento de Ácido úrico no organismo
- Praticar atividade física
- Diminuir possíveis quadros de obesidade, assim como consumo de álcool e tabagismo


Tratamento Fisioterapêutico para Gota


A fisioterapia tem como objetivos principais no paciente com Gota, avaliar e diminuir o quadro de dor, podendo utilizar recursos eletroterapêuticos. Aumentar a amplitude de movimento, através de mobilização e alongamento das partes afetadas, aumentar a força muscular, treinar a marcha e equilíbrio, prevenir deformidades e contraturas.



Fisioterapia Motora






Fontes:
*SATO, E. Reumatologia. UNIFESP – EPM. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2009.
*CARVALHO, M. A. P. Reumatologia: diagnóstico e tratamento. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
*WIBELINGER, L. M. Fisioterapia em Reumatologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2009.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Atraso no desenvolvimento Psicomotor

O post de hoje explica o que é o "Atraso no desenvolvimento Neuropsicomotor", isso se dá quando percebemos que apesar de espertos e aparentemente normais os bebês apresentem algum tipo de dificuldade. O bebê é muito frágil e precisa da ajuda dos pais para tudo, mesmo assim com o passar do tempo ele consegue desenvolver suas capacidades e explorar o ambiente, ficando com o passar do tempo cada vez mais independente. Tudo tem uma hora certa para acontecer e se essas fases forem puladas, elas serão ditas como Atraso Global no desenvolvimento Psicomotor, que pode ser definido como um atraso significativo de vários domínios, sejam eles de motricidade fina/grossa, linguagem, de cognição, percepção e atividade de vida diária.




O desenvolvimento infantil é um processo que se dá início desde a vida intrauterina, envolvendo diversos fatores. O desenvolvimento Neuropsicomotor é considerado um processo sequencial, onde está diretamente ligado à idade cronológica, no qual o ser humano desenvolve habilidade motoras, nas quais progridem de movimentos simples para os complexos, desorganizados para organizados.


Vida intrauterina





     
A interação de aspectos relativos ao indivíduo e suas características estruturais e físicas, estão ligadas com o ambiente em que ele esta inserido, sendo que às tarefas aprendidas estão ligadas as diferentes habilidades motoras.  Os primeiros anos de vida  são marcados por importantes formações físicas, sociais, motoras e mentais, sendo esse um período em que a criança consegue entender todos os estímulos vindos do ambiente, chegando através de seus sentidos.


Em casos de crianças nascidas prematuramente, encontrando-se em desvantagem pela imaturidade biológica é feito a correção gestacional para distinguir exatamente qual o tempo de atraso no desenvolvimento. Para que a correção seja feita a subtração do número de semanas de sua gestação, com um total de 40 semanas. Esta diferença corresponde ao tempo de prematuridade do bebê, sendo então descontado da sua idade cronológica. Dessa maneira se um bebê nasceu prematuramente e apresenta algum atraso, é comum; pois ele nasceu antes da hora correta, como se ele ainda precisasse do tempo restante para terminar seu desenvolvimento.




O desenvolvimento motor atípico não está obrigatoriamente ligado à presença de alterações estruturais ou neurológicas. Esses comprometimentos abrangem: memória, coordenação visumotora e a linguagem. Neste caso as crianças podem precisar de cuidados específicos até a fase adulta. Além disso, atrasos motores levam à  alterações como: psicológica, social, baixo estima, isolamento e hiperatividade, resultando uma dificuldade maior dessa criança se socializar com outras no seu meio escolar.


O que causa?

Existem diversos fatores de risco que interferem na infância e que determinam o Atraso. De ordem biológica, social, familiar e ambiental. O risco social adere enfermidades e pobreza, associados a precariedade e prevenção da Saúde Pública. Os riscos biológicos estão associados a desnutrição, interferindo no crescimento e sobrevivência da criança. Problemas durante a gestação e a antecipação do nascimento do feto também podem desencadear nos pais um sentimento de frustração. Por isso é fundamental trabalhar o suporte psicológico de toda a família, que vai ter um bebê com ritmos diferentes e atitudes mais lentas.

Como é o desenvolvimento motor normal?


O ideal é que o bebê não pule nenhuma dessas fases.



Tratamento Fisioterapêutico no Atraso de desenvolvimento Psicomotor:


A fisioterapia tem como responsabilidade contribuir para o bem estar em geral do paciente. Os testes de avaliação do Desenvolvimento Neuropsicomotor, utilizam critérios de seleção variados, como a idade e área a ser avaliada (força muscular, motricidade fina e ampla, fala  e capacidades funcionais). Os pais tem papel fundamental, pois são eles que vão perceber as primeiras dificuldades do bebê em realizar alguma atividade, e logo que observado levar o filho para uma consulta com o médico pediatra. Dessa maneira uma intervenção fisioterapêutica precoce apresenta bons resultados, mas na prática muitos bebês são encaminhados tardiamente para o tratamento.




 
 A partir disso a fisioterapia tem como objetivo principal reestabelecer o processo de desenvolvimento normal do bebê, estimular ao máximo seus sentidos, passar por todas as fases, desde: sustentação da cabeça, sentar-se, engatinhar e andar.


Não pule nenhuma das fases!



Fonte:
FORMIGA, C. K. M. R.; PEDRAZZANI, E. S; TUDELLA, E.; Desenvolvimento Motor de Lactentes Pré-Termo Participantes de um Programa de Intervenção Fisioterapêutica Precoce. 2004. 
WILLRICH, A.; AZEVEDO, C. C. F.; FERNANDES, J. O.; Desenvolvimento Motor na Infância: Influência dos Fatores de Risco e Programas de Intervenção. 2008.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Aprenda 10 dicas para driblar o tempo seco!


 O mês de Janeiro é mês campeão em disse e me disse e reclamações referentes ao tempo. Com esse tempo seco fica mais difícil de respirar, não é? Os olhos coçam e ardem, o nariz e a garganta ficam irritados. Você sabia que algumas medidas simples ajudam a melhorar a qualidade do ar que chega aos nossos pulmões? Sim, essas dicas que mais parecem conselhos da Vovó facilitam a troca gasosa e melhoram a nossa capacidade respiratória. E a culpa é de quem?



A culpa é toda do tempo seco, da poluição ambiental e da falta de chuva em todas as regiões. A umidade do ar, quando abaixo de 60% é considerada prejudicial, segundo Organização Mundial de Saúde (OMS), ocasiona graves problemas de saúde, como: aumento das crises asmáticas, rinites, sinusites e até o infarto.  A poluição eleva o risco de Infarto Agudo do Miocárdio, apendicite, inflamações e alteram o funcionamento de todo o organismo. Outros sintomas como dor de cabeça, irritação nos olhos, rouquidão da voz, amigdalite e faringite são comuns nessa época do ano. Por isso vai ai algumas dicas para melhorar a nossa qualidade de vida:



 1) HIDRATAR-SE é essencial para combater os efeitos do ar seco no corpo. Beber cerca de 2 litros de água por dia, além de sucos naturais, frutas, água de coco, verduras e legumes. (Principalmente bebês, crianças e idosos)


 2) Manter ambientes umidificados e arejados. Quando não se tem um umidificador em casa, alternativas simples e fáceis como uma bacia cheia de água ou toalhas molhadas aliviam os sintomas provocados pelo clima seco e poluição. 

 3) Lubrifique os olhos e nariz com soro fisiológico é uma ótima opção. Obs: Colírios apenas com prescrição médica.

 4) Mantenha a casa sempre limpa e aberta. Quanto mais seco o tempo, mais ácaros e fungos aparecem. Por isso o acúmulo de poeira desencadeiam mais doenças respiratórias. Manter a casa sempre higienizada é uma excelente saída, para limpar a casa use um pano úmido  no chão e nos móveis (evite vassoura e espanador, pois eles espalham a poeira).

 5) Nossa pele também sofre com todos os danos causados pelo tempo e poluição. Evite banhos quentes (pois isso acelera o ressecamento da pele), use hidratantes e protetor solar diariamente.

 6) Evite sair com bebês, crianças e idosos das 10hrs às 16hrs, é entre esse horário que o tempo fica mais quente e seco.

 7) Pratique atividades físicas antes das 10hrs e depois das 17hrs, quando o ar está mais úmido.

 8) Apesar de muito refrescante EVITE ficar por tempo prolongado em ambientes com ar-condicionado, pois ele deixa o tempo mais ressecado e quando não higienizados no tempo correto acelera a proliferação de fungos e ácaros.

 9) Troque os forros de cama e travesseiro toda a semana, retirar tapetes e objetos que acumulem pó como: livros, revistas, caixas, ursos de pelúcia e brinquedos.

 10) E se mesmo com todas essas dicas você continuar sofrendo com o tempo seco, procure atendimento médico. Afinal nesse período do ano o movimento em hospitais aumentam em 30% por esses motivos. Sendo assim a inalação é uma das melhores alternativas. Fique atento!